sábado, 27 de dezembro de 2008

ainda o Ti Zé Lebre

Ainda acerca do "Zé Lebre", o sr. Francisco Barros Duarte Ferreira "Xico Assis", relata um facto insólito que se teria passado num Domingo, entre o ano de 1968 a 1970 (não sabe precisar bem). O "Zé Lebre" e o seu filho Miguel, eram os únicos que se encontravam no mar, num pequeno barco à vela. O mar de repente enbraveceu de tal maneira que passadas poucas horas "serrava o porto de lado a lado". Como não se encontrava alguém que pudesse fazer os sinais, foi este senhor acima mencionado, que fez os mesmos ao Sinaleiro "Zé Lebre". Depois de várias insistências, lá conseguiu convencer este destemido pescador, a não entrar no porto da Ericeira e a arribar a Cascais.
Francisco B. Duarte Ferreira, imediatamente telefonou do Posto de Turismo para o Rádio Clube Português, de que era sócio, para que este posto emissor pudesse alertar as autoridades do Instituto de Socorros a Náufragos, para o tremendo perigo em que se encontrava o pequeno barco da Ericeira.
Mais tarde, o mesmo Francisco Ferreira, encontrando-se no seu serviço em Lisboa, enviou um telex para o mesmo Instituto de Socorros a Náufragos, reforçando o pedido de auxílio que horas antes tinha sido emitido pelo Rádio Clube. O certo é que o Sinaleiro "Zé Lebre" e o seu filho, foram recolhidos por um vazo da Marinha de Guerra, entre o Cabo da Roca e o Cabo Raso.
Quando o "Zé Lebre" chegou à Ericeira agradeceu imenso ao "Xico Assis" por ter feito os sinais, que por ironia do destino, a única vez que os fez, foi para ajudar a salvar a vida ao Sinaleiro que tantas vidas salvou.
"Os Sinaleiros do Mar na Ericeira"
Leandro Miguel dos Santos - 1994

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